Um apelo à defesa das nossas comunidades: o impacto devastador do congelamento do financiamento de Trump

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A decisão da administração Trump de congelar os fundos federais não é apenas uma medida política — é um ataque direto à vida de milhões de americanos, especialmente idosos e pessoas com deficiência. É uma ação imprudente, cruel e coloca as comunidades mais vulneráveis em perigo imediato.

Não podemos minimizar o que significa. As linhas de apoio de que as pessoas dependem — como Medicaid, assistência à habitação, programas de vida independente, formação profissional, tratamentos de abuso de substâncias e outros serviços essenciais — estão agora em risco.

Por décadas, o movimento pela vida independente lutou para garantir que as pessoas com deficiência tivessem o direito de viver, trabalhar e participar plenamente na sociedade. Agora, com uma única ordem executiva, a administração Trump está a destruir décadas de progresso e a colocar em risco os programas que tornam a independência possível.

*Impacto no Mundo Real: Quem Será Afetado?*

Algumas pessoas podem tratar o que se passa como uma manobra burocrática, mas vamos ser claros sobre o que está a acontecer. Este congelamento de fundos não é abstrato — é pessoal.

Milhões de pessoas com deficiência e idosos dependem do Medicaid para fornecer cuidados médicos e trabalhadores de cuidados domiciliários financiados pelo Medicaid para sair da cama, comer e gerir a vida diária. O que acontece com a estas pessoas quando os fundos param?

Existem 408 Centros de Vida Independente (CILs) em todo o país que fornecem serviços essenciais — apoio à habitação, tecnologia assistiva, acessibilidade residencial, transporte, formação profissional — muitos dos quais dependem de subsídios federais. Sem esse financiamento, os funcionários e programas desaparecem, deixando as pessoas desamparadas.

Estados e governos locais dependem desses fundos para manter os programas a funcionar. Sem eles, a ajuda de emergência, programas de tecnologia assistiva e até mesmo serviços médicos básicos podem parar completamente.

Isto não é uma teoria. Já vimos o que acontece quando jogos políticos colocam em risco a vida das pessoas reais. Não é preciso olhar muito longe para ver os efeitos de paralisações anteriores do governo, que resultaram em serviços atrasados, trabalhadores não pagos e erosão da confiança nas instituições públicas.

*Fracasso Económico e Moral Mais Amplo*

Congelar os fundos federais não prejudica apenas os indivíduos — ele desestabiliza comunidades e economias inteiras. Estados que já enfrentam crises habitacionais, uma população envelhecida e escassez de força de trabalho, enfrentam, agora, mais disrupção.

E vamos falar sobre moralidade. Os Estados Unidos sempre se orgulharam de ser líderes em direitos civis, direitos das pessoas com deficiência e justiça social. No entanto, esta medida é um ataque direto às pessoas que lutaram para garantir esses direitos. Pessoas com deficiência, idosos e famílias de baixo rendimento — estas são as comunidades que mais sofrerão.

Esta ordem executiva está agora bloqueada na justiça, mas a batalha pode levar meses ou até anos. Mesmo sem mais atrasos, o dano já foi feito. A incerteza sozinha cria medo, instabilidade e caos às organizações e indivíduos que dependem desses recursos.

*Um Momento de Unidade e Resistência*

Este é um momento que exige clareza, coragem e convicção. Não podemos ficar parados enquanto nossa comunidade é colocada em risco.

Isto não é sobre política. É sobre sobrevivência.

À comunidade de pessoas com deficiência e aos idosos: Nós estamos a ver-vos. Nós estamos a ouvir-vos. Estamos juntos nessa luta.

Aos formuladores de políticas: Precisamos de mais do que declarações — precisamos de ação. Bloqueiem proativamente futuras ordens. Restaurar a estabilidade. Protejam as pessoas que mais precisam. Invistam os recursos possíveis nos níveis local e estadual.

Ao público americano: Isto não é apenas sobre direitos das pessoas com deficiência — é sobre recursos que todas as nossas famílias e cada um de nós precisará, seja no curto ou no longo prazo. É sobre o tipo de país que queremos ser. Se abandonarmos os que estão em momentos de necessidade, estaremos a abandonar nossa humanidade.

Ficamos juntos. Lutamos juntos. E não vamos deixar isto passar.

*Dr. Victor Santiago Pineda* Diretor Executivo, Centro de Vida Independente

*Theo Braddy* Diretor Executivo, Conselho Nacional de Vida Independente