Quem Somos
Centro de Vida Independente (CVI) – Organização autónoma de pessoas com diversidade funcional
A implementação da filosofia de Vida Independente implica uma mudança profunda de paradigma em relação às práticas existentes. A participação numa mudança deste género implicará, para a maioria, uma alteração radical do seu quotidiano. Passarão a ter o controlo das suas vidas, o que significa que passarão, também, a ser responsáveis por elas.
É possível que nem todos os potenciais participantes nesta mudança estejam preparados para esta situação. Sendo importante, por isso, se consiga gerar oportunidades para que algumas pessoas com deficiência com experiência na autogestão da sua vida pessoal possam dar apoio a outras pessoas com deficiência que desejem iniciar um processo de emancipação.
Através de dinâmicas de apoio interpares estimular-se-á a participação e a autoconfiança, promovendo a autodeterminação e a emancipação face aos profissionais e familiares.
Outra dimensão relevante é a do empowerment. Para ser genuíno e eficaz, o empowerment do indivíduo tem de ser acompanhados pelo empowerment do seu grupo de pertença. O conhecido lema “nada sobre nós,sem nós” deve ter um reflexo evidente e tão profundo quanto possível nos processos de gestão do CVI.
Tendo em consideração estes factores, é importante que as pessoas com diversidade funcional se organizem de forma a gerar partilha de conhecimentos e de experiências entre si, no Centro de Vida Independente (CVI). Num processo importante e necessário, que leva a uma melhor implementação da filosofia de Vida Independente.
Sendo o CVI responsável por divulgar e implementar a filosofia de Vida Independente, estarão criadas condições de base para um processo de empowerment (pois os sócios serão responsáveis por todas as decisões) e para o fomento do apoio interpares.
Acresce que a própria criação do CVI é uma acção que vai de encontro à filosofia de Vida Independente, ao garantir que a organização é dirigida apenas por pessoas com diversidade funcional, dando-nos autonomia e responsabilidade sobre as nossas próprias decisões, ao mesmo tempo que nos faz entrar num processo de empowerment.